[Baseado nos Capítulos 5 - "Sistemas Alimentares e Modelos de Civilização" e 6 - "A Carne e Seus Ritos" do livro "História da Alimentação"]
O alimento que mais distingue o homem civilizado do homem bárbaro não é a carne, mas o pão - um exemplo absoluto de habilidade técnica, de produto totalmente "cultural" em todas as fases de sua preparação. O pão é um símbolo da civilização e faz uma distinção alimentar entre o homem e o animal. O pão - e é preciso acrescentar a ele também o vinho e o óleo - é o sinal que distingue uma sociedade que não repousa apenas sobre recursos "naturais", mas que é capaz de fabricar, ela própria seus recursos, de criar - com a agricultura e a criação de animais - suas próprias plantas e seus próprios animais.
São sobretudo as plantas e a agricultura que distinguem o homem civilizado do bárbaro, que se satisfaz em coletar e caçar. A agricultura, isto é, o sedentarismo, é a outra base do banquete em comum, que o nômade não conhece, segundo a imagem que os "civilizados" têm deles.
Para as duas primeiras civilizações eminentemente urbanas - os gregos e romanos - os povos que não se dedicassem à agricultura, que não comessem pão e nem bebessem vinho, eram, por conseguinte, bárbaros e selvagens: seu alimento é a carne e sua bebida, o leite.
O mito de Ânio e suas três filhas (descrito por Ovídio), que transformam em trigo, vinho e óleo tudo o que tocam, era a utopia de uma sociedade que queria moldar a natureza a sua imagem e semelhança: só o consumo de cereais e vinho conferia o status de ser humano. O fato de que, na língua de Homero, "comedores de pão" seja o sinônimo de "homem", revela muito sobre as referências culturais da civilização clássica.
Desse ponto de vista, a combinação caça-coleta como característica de "natural e selvagem" deveria se opor à combinação criação de animais-agricultura como característica de "artificial e doméstico". Em muitos casos, é assim que se pensa, mas na maioria das vezes, a criação de animais é considerada mais próxima da caça. As duas atividades que são praticadas em terras incultas como as florestas e pastagens naturais e é principalmente por isso que a carne de ambos animais domesticados e selvagens tem culturalmente uma forte conotação de "selvagem" e é identificada como alimento dos povos "bárbaros".
O pão primitivo - uma massa de cereais cozida ou em forma de papa - era o alimento "nacional" do povo grego e do povo romano. Gregos eram conhecidos como "comedores de cevada" e os romanos como "comedores de papas de farinha" . Além dos cereais (trigo, cevada, espelta e milheto), as leguminosas também eram importantes: principalmente as favas, depois o grão-de-bico, as lentilhas e as ervilhacas. Nas hortas gregas, o alho, o alho-poró, a cebola eram cultivados. Os romanos consumiam sobretudo a couve, assim como os nabos e plantas aromáticas.
A ideologia alimentar grega e romana foi fundada sobre os valores do trigo, da vinha e da oliveira. Esse modelo esteve freqüentemente ligado à idéia de frugalidade: o pão, o vinho e o azeite (aos quais eram acrescentados os figos e o mel) eram elevados à categoria de símbolos de uma vida simples, de uma pobreza digna, feita de trabalho duro e satisfações singelas. Na época, essas imagens eram a proposta alternativa dos gregos ao luxo e decadência do povo persa conforme mostram os textos clássicos.
Essas mesmas imagens são repetidas na literatura latina da época imperial, exprimindo a nostalgia dos "bons e velhos tempos" em que os costumes não eram corrompidos e o homem se contentava com frutos de sua terra natal, cultivados com amor e cuidado, em vez de sulcar os mares e os continentes para satisfazer uma gula perversa.
A proeminência do pão na cultura antiga era também decorrente da primitiva ciência dietética, que colocava o pão no topo da escala de nutrição. Os médicos gregos e latinos viam no pão o equilíbrio perfeito entre os "componentes" quente e frio, seco e úmido, conforme os ensinamentos de Hipócrates.
Em contraste, o consumo da carne foi sempre problemático. Imagem do luxo, da festa, do privilégio social, a carne não era considerada pelas civilizações antigas do Mediterrâneo como um bem tão essencial quanto os produtos da terra: seu preço não era sujeito a um controle político como eram os cereais. Em certas épocas, a venda de carne chegava a ser proibida ao público.
A prática do sacrifício pagão fazia do consumo da carne um acontecimento incomum, dando a esse alimento uma força simbólica e mantendo-o à margem do cotidiano. O sacrifício animal era o meio de expiação de uma falta que precisava da morte de um animal para oferenda aos deuses e a repartição das carnes depois do culto.
A carne era reservada para grandes ocasiões: as festas que serviam para estreitar os laços sociais e conectar o mundo humano ao dos deuses pagãos. Entretanto, no mundo romano houve um afrouxamento dessa relação entre sacrifício e consumo de carne. De resto, quando não estava ligado ao sacrifício, o consumo de carne dependia da caça. Apenas a caça escapava à lógica do sacrifício, mas no sistema de valores da cultura grega e romana, era uma atividade marginal.
Haviam animais proibidos de serem mortos. O porco era o único animal destinado ao consumo pois o porco vivo era visto como uma fonte de alimento que se preservava sem o uso do sal. O boi e o carneiro eram vistos de forma radicalmente diferente e não podiam ser mortos, a não ser no sacrifício pagão e em épocas de prosperidade em que podiam se dar ao luxo de sacrificar esses animais mais caros.
Era proibido matar o boi de lavoura e essa proibição era tão severa que haviam antigas leis atenienses que puniam o bovicídio tão duramente quanto o homicídio. Muito raramente o boi era consumido e quase nunca quando ainda jovem, segundo análises arqueológicas da Grécia e costa tirrena da Itália.
Cícero apresentava o boi como companheiro de trabalho do homem. Algumas fábulas de Esopo representam bem a "humanidade" do boi. Muitos outros textos da literatura antiga classificam o boi como animal humano. Mas outros tipos de bovinos eram sacrificados e nesse ponto, os egípcios do século V a.C., que consideravam a vaca um animal sagrado e interditavam o consumo do porco tal qual os semitas, abominavam os gregos.
Os carneiros - principais animais de criação na época grega e romana - eram criados sobretudo por sua lã e seu leite: o queijo era mais importante do que a carne na alimentação diária. Os bovinos, extremamente raros, eram usados como animais de carga e as pessoas só os comiam quando já velhos e inaptos para o trabalho. Os cereais e legumes eram acompanhados mais freqüentemente por peixes, crustáceos e queijos.
Estimativas conservadoras apontam que os cereais forneciam 80% das calorias totais e que os habitantes das cidades, que recebiam a maioria das carnes dos sacrifícios, não consumiam mais que um ou dois quilos por ano.
Cultura Greco-Romana
mitologia e eligião
Mitologia grega e religião
Na Grécia Antiga, as pessoas seguiam uma religião politeísta, ou seja, acreditavam em vários deuses. Estes, apesar de serem imortais, possuíam características de comportamentos e atitudes semelhantes aos seres humanos. Maldade, bondade, egoísmo, fraqueza, força, vingança e outras características estavam presentes nos deuses, segundo os gregos antigos. De acordo com este povo, as divindades habitavam o topo do Monte Olimpo, de onde decidiam a vida dos mortais. Zeus era o de maior importãncia, considerado a divindade seprema do panteão grego. Acreditavam também que, muitas vezes, os deuses desciam do monte sagrado para relacionarem-se com as pessoas. Neste sentido, os heróis eram os filhos das divindades com os seres humanos comuns. Cada cidade da Grécia Antiga possuía um deus protetor.
Cada entidade divina representava forças da natureza ou sentimentos humanos. Poseidon, por exemplo, era o representante dos mares e Afrodite a deusa da beleza corporal e do amor. A mitologia grega era passada de forma oral de pai para filho e, muitas vezes, servia para explicar fenômenos da natureza ou passar conselhos de vida. Ao invadir e dominar a Grécia, os romanos absorveram o panteão grego, modificando apenas os nomes dos deuses.
Conheça abaixo uma relação das principais divindades da Grécia Antiga e suas características.
Nome do deus O que representava
Zeus rei de todos os deuses
Afrodite amor
Ares guerra
Hades mundo dos mortos e do subterrâneo
Hera protetora das mulheres, do casamento e do nascimento
Poseidon mares e oceanos
Eros amor, paixão
Héstia lar
Apolo luz do Sol, poesia, música, beleza masculina
Ártemis caça, castidade, animais selvagens e luz
Deméter colheita, agricultura
Dionísio festas, vinho
Hermes mensageiro dos deuses, protetor dos comerciantes
Hefesto metais, metalurgia, fogo
Crono tempo
Gaia planeta Terra
COMO UMA MAÇÃ MUDOU A HISTORIA DA HUMANIDADE
NO LINDO DIA NO OLIMPO ZEUS REUNI TODOS OS DEUSES E DEUSAS PARA UM BANQUETE,MENOS ERIS DEUSA DA DISCORDIA.O POMO DA DISCORDIA FOI UMA MAÇÃ COM UM ELOGIO DENTRO,COM OS DIZERES PARA A MAIS BELA DAS BELAS.
COMO ERIS NÃO FOI CONVIDADA PEGOU A MAÇÃ VIU O QUE TINHA ESCRITO E A JOGOU ENTRE AS TRES MAIS BELAS DEUSAS DO OLIMPO HERA,ATENAS E AFRODITE CAUSANDO UM ENORME MAU ESTAR PARA ZEUS QUE SE ABSTEVE EM ESCOLHER A MAIS BELA ESCOLHENDO UM HUMANO PARA DECIDIR,ESSE HOMEM FOI PARIS ATÉ ENTÃO UM SIMPLES PASTOR.E COM SUA ESCOLHA IRIA PROVOCAR A MAIOR E A MAIS CELEBRE DAS GUERRAS,A GUERRA DE TRIÓA.
Na Grécia Antiga, as pessoas seguiam uma religião politeísta, ou seja, acreditavam em vários deuses. Estes, apesar de serem imortais, possuíam características de comportamentos e atitudes semelhantes aos seres humanos. Maldade, bondade, egoísmo, fraqueza, força, vingança e outras características estavam presentes nos deuses, segundo os gregos antigos. De acordo com este povo, as divindades habitavam o topo do Monte Olimpo, de onde decidiam a vida dos mortais. Zeus era o de maior importãncia, considerado a divindade seprema do panteão grego. Acreditavam também que, muitas vezes, os deuses desciam do monte sagrado para relacionarem-se com as pessoas. Neste sentido, os heróis eram os filhos das divindades com os seres humanos comuns. Cada cidade da Grécia Antiga possuía um deus protetor.
Cada entidade divina representava forças da natureza ou sentimentos humanos. Poseidon, por exemplo, era o representante dos mares e Afrodite a deusa da beleza corporal e do amor. A mitologia grega era passada de forma oral de pai para filho e, muitas vezes, servia para explicar fenômenos da natureza ou passar conselhos de vida. Ao invadir e dominar a Grécia, os romanos absorveram o panteão grego, modificando apenas os nomes dos deuses.
Conheça abaixo uma relação das principais divindades da Grécia Antiga e suas características.
Nome do deus O que representava
Zeus rei de todos os deuses
Afrodite amor
Ares guerra
Hades mundo dos mortos e do subterrâneo
Hera protetora das mulheres, do casamento e do nascimento
Poseidon mares e oceanos
Eros amor, paixão
Héstia lar
Apolo luz do Sol, poesia, música, beleza masculina
Ártemis caça, castidade, animais selvagens e luz
Deméter colheita, agricultura
Dionísio festas, vinho
Hermes mensageiro dos deuses, protetor dos comerciantes
Hefesto metais, metalurgia, fogo
Crono tempo
Gaia planeta Terra
COMO UMA MAÇÃ MUDOU A HISTORIA DA HUMANIDADE
NO LINDO DIA NO OLIMPO ZEUS REUNI TODOS OS DEUSES E DEUSAS PARA UM BANQUETE,MENOS ERIS DEUSA DA DISCORDIA.O POMO DA DISCORDIA FOI UMA MAÇÃ COM UM ELOGIO DENTRO,COM OS DIZERES PARA A MAIS BELA DAS BELAS.
COMO ERIS NÃO FOI CONVIDADA PEGOU A MAÇÃ VIU O QUE TINHA ESCRITO E A JOGOU ENTRE AS TRES MAIS BELAS DEUSAS DO OLIMPO HERA,ATENAS E AFRODITE CAUSANDO UM ENORME MAU ESTAR PARA ZEUS QUE SE ABSTEVE EM ESCOLHER A MAIS BELA ESCOLHENDO UM HUMANO PARA DECIDIR,ESSE HOMEM FOI PARIS ATÉ ENTÃO UM SIMPLES PASTOR.E COM SUA ESCOLHA IRIA PROVOCAR A MAIOR E A MAIS CELEBRE DAS GUERRAS,A GUERRA DE TRIÓA.
Artes
ARTE GREGA
CONTEXTO HISTÓRICO
A arte Grega teve início no século VII a.C. e atualmente é divida em três períodos:Arcaico, Clássico e Helenístico.
Foi na Grécia Antiga que surgiram a Democracia, as Olimpíadas, a Física, a Filosofia, a História e a Matemática; que perduram até os dias de hoje.
Templo Partenon
PERÍODO ARCAICO
É o primeiro período da Arte Grega, no qual se destaca o estilo Dórico nas colunas das construções dos templos.
Os artistas desse período não eram reconhecidos e realizavam seu trabalho manualmente partindo do ponto onde os Assírios e Egípcios haviam parado. Tais artistas começaram a se preocupar com a representação fiel do ser humano em estátuas, e dessa forma descobriram a técnica do escorço, onde a escultura se projeta segundo as leis da perspectiva, dando a impressão de que a parte da escultura que está “escorçada” está mais para frente, melhor projetada.
Colunas no estilo Dórico
Representação da técnica do escorço
PERÍODO CLÁSSICO
A Arte Grega teve o seu apogeu no Período Clássico, juntamente com o ápice da Democracia. Após a invasão Persa, vários monumentos e obras de arte foram destruídos, fazendo com que vários artistas fossem chamados pelo Imperador para contribuir com a reconstrução, o que fez com que passassem a ser reconhecidos pela sociedade, e consequentemente o interesse pela arte aumentou.
Muitas estátuas de atletas eram colocadas ao redor dos templos, pois as reuniões esportivas estavam intimamente ligadas às crenças e ritos religiosos. Os vencedores eram considerados “abençoados pelos Deuses” com o dom da invencibilidade.
Nesse período também houve a inserção do estilo Jônico nas colunas, e a maior fidelidade da representação humana em estátuas.
” Discóbolo ” de Míron
Colunas no estilo Jônico
Templo ” Erecteion “
PERÍODO HELENÍSTICO
Nesse período, surge um novo estilo de colunas: o CORÍNTIO. Os artistas nessa época, já estavam cientes de sua importância, por isso passam querer impressionar mais em suas obras, deixando a leveza de lado. A arte também começa a perder o vínculo com a religião e os artistas passam a representar àquilo que eles consideravam arte, e suas obras começam a ser colecionadas e passam a enfeitar casas e palácios
Colunas no estilo Coríntio
” O Altar de Zeus ” (164 – 156 a.C.) ” Lacoonte e seus filhos ” (175 – 50 a.C.)
Vale ressaltar que muitas das obras gregas são apenas representações, pois com o advento do Cristianismo, muitas foram destruídas por serem consideradas “pagãs”.
ARTE ROMANA
Os artistas Romanos em sua maioria, tinham origem Grega e suas características são bem próximas das do período Helenístico. Usavam os três estilos gregos de coluna: Dórico, Jônico e Coríntio.
Os Romanos eram notáveis pela engenharia, como na construção de estradas e aquedutos. Os arcos e abóbodas diminuíram a utilização das colunas gregas e aumentaram os espaços internos. Antes, se as colunas não fossem usadas, o peso do teto poderia causar tensões nas estruturas. O arco ampliou o vão entre uma coluna e outra e a tensão do centro do teto era concentrado de formas homogênea.
Nas estátuas as representações passam a ser de guerreiros, os artistas não se preocupavam com perfeição estética de suas obras, mas buscavam retratar traços particulares em cada uma; além disso, seus templos buscavam valorizar os espaços internos.
” Coliseu ” (80 d.C.) anfiteatro romano ” Arco Triunfal de Tibéria” (14 – 37 d.C)
” Panteão ” Templo Romano que mistura arte grega Interior do Panteão
(nas colunas por fora) e arte romana
( no teto interno abobádo)
Escultura Romana ” Augusto de Prima Porta”
(20 d.C.)
Definição do termo
O termo mundo, cultura ou civilização greco-romana, quando usado como um adjetivo, como entendido pelos estudiosos e escritores modernos, refere-se às regiões geográficas e nações que culturalmente (e historicamente) foram diretamente e intimamente influenciadas pela língua, cultura, governo e religião dos gregos e romanos antigos. Em termos exatos de área refere-se ao "mundo mediterrânico", as extensas áreas de terra centradas nas bacias do Mar Mediterrâneo e do Mar Negro, a "piscina" dos gregos e dos romanos, ou seja, onde as percepções culturais, ideias e sensibilidade desses povos eram dominantes.
Descrição do termo
E a descrição das regiões que estavam por muitas gerações submetidas ao governo dos gregos e romanos e, portanto, os aceitavam ou foram obrigados a adotá-los como seus mestres e professores. Esse processo foi pela adoção aparentemente universal do grego como a língua da cultura intelectual e do comércio oriental, e do latim como língua para a gestão pública e legislatura, especialmente no Ocidente (a partir do ponto de vista do Mar Mediterrâneo). Apesar de essas línguas nunca terem se tornado os idiomas nativos dos trabalhadores rurais (a grande maioria da população), elas eram as línguas dos habitantes urbanos e das elites cosmopolitas. Certamente, todos os homens notáveis, independentemente da sua origem étnica, falavam e escreviam em grego e/ou latim.
Sendo assim, o jurista e chanceler imperial romano Ulpiano era fenício, o matemático e geógrafo grego-egípcio Cláudio Ptolomeu era um cidadão romano e os famosos pensadores pós-Constantino João Crisóstomo e Agostinho de Hipona eram sírio e berbere, respectivamente. O historiador Flávio Josefo era judeu, mas ele também escrevia e falava em grego e era um cidadão romano.
Propriamente falando, o termo "mundo greco-romano" significa todo o reino do Cáucaso, da Grã-Bretanha ao Hejaz, da costa atlântica da Península Ibérica para ao rio Tigre e do ponto em que o Reno encontra o Mar do negro ao norte do Sudão.
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